sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Assim nasceu a melodia ... entre "pontos e pontarecos" uma beleza de sentir ...

Assim nasceu a melodia ...
Uma melodia tocada através dos dedos... despontada entre magias e sorrisos dentro de um grupo de poesia ao qual pertenço com muito orgulho.
Uma discussão saudável entre as Amigas Fernanda Cardoso e Eye Lii( (também esta talentosa na área de fotografia a que se dedica)originou este balbuciar
Foi assim e através de uma timidez visivelmente marcada entre as linhas e através de uma beleza pura e espontânea que esta nossa Amiga Fernanda Cardoso deixou que a pena deslizasse e que dos seus sentidos se fossem alinhando estas frases do seu sentir.
Obrigada minha querida … por ser dispor a sonhar connosco e dar-nos tantas coisas boas em cada palavra e sentir!!


" Nos meus pontos
… e pontarecos
Vi pontos de
Inspiração e
Pespontei os meus
Sonhos
Com linhas de ilusão
E nessa confusão
sentida
Esvaiu-se a minha
mente
Enleando os meus
sonhos
Num emaranhar de
esperança
E no turbilhão de
ideias
Na janela dos
gemidos
Que nesses jardins
floridos
as almas se
destroçavam
e os meus braços
se alongavam
para os meus sonhos
abarcar
e neles me poder
abraçar
a ti......"

Fernanda Cardoso | 9 de Fevereiro 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Formas envoltas"

Ainda que no silêncio destas formas envoltas, contemplei e sorri bracejando fortemente para neste embalo desencantar as palavras ainda tenras que nasciam de mim.
nada poderia fazer senão emaranha-las e alinhá-las em pequenas frases e deixar-me levar!!
Talvez fosse este o momento exacto para o fazer, pela imensidão do azul e do algodão que em minha alma se aconchegava.. enquanto levitava por lembranças ténues que tomavam conta de mim…
pensava no sentir que muitas vezes guardo sem saber que posso transmitir através do eco profundo de uma arte prestes a ser contemplada e a fazer vibrar em mim os sentimentos adormecidos por um qualquer devaneio .. que contemplo … !!

Fernando Pessoa - Dedicatória aos Amigos...




Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Sonho Impossível - Fernando Pessoa




Eu tenho uma espécie de dever
de dever de sonhar
de sonhar sempre,
pois, sendo mais que uma espectadora de mim mesma
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas,
invento palco, cenário
para viver o meu sonho,
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Sonho impossível

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão" Sonho Impossível - Fernando Pessoa

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A vida foge entre as mãos


A vida foge entre as mãos, queremos agarrar cada pedaço de nós, cada limite e cada sentir...

... somos nós no tudo que damos...

... em tudo mais que gostaríamos de estar e de oferecer...

...somos talvez o muito do que colhemos, mas talvez o nada do que ainda podemos dar sem limites de “mas” ou “ses”...

...só interessa viver cada momento intensamente, porque a vida conta-se pela sua pressa inesgotável sem tempos de olhar para trás...

... de viver tudo o que pudermos sem medos, sem ressentimentos e acima de tudo no máximo do que conseguimos sentir...

...não sabendo se o amanhecer virá, mas com a certeza que o pôr de sol se põe em nós todos os dias ... a julgar por cada batalha que vencemos, a cada obstáculo que transpomos!

... no fundo só interessa ser feliz...seja qual seja o tempo em que tudo isso acontece!

Fotografia e texto por Renata Pereira Correia

Nestas águas...
















Nestas águas derramo os últimos prantos, conduzo o saber da minha existência na sumptuosidade dos meus desejos...escondo-me nos segredos que agora fecho como capítulos soltos que afundam...deixando à tona os sonhos que vivi. De tanto procurar encontrei-me, de tanto que vivi … cresci e me perdi … porque acreditei e desejei...!

Texto, fotografia e edição por Renata P. Correia
Abril 2011

Num Instante do tempo...

"Num instante do tempo, tantas vezes me perdi, tantas vezes acordei, tantas vezes me pasmei…

Corri voando sempre sem sentido para encontrar o melhor de mim e sobrevoei a minha existência conhecendo o único céu que pensava conhecer de sobra e afinal não conhecia nada.. o MEU! Porque nunca conhecemos o melhor de nós …

Sonhei devagarinho para não terminar de repente, em êxtase, em magia eu diria … deixei-me ficar e rodopiei com toda a vontade emanada por aquilo que queria ser …

Estive tão longe e continuo sem saber se algum dia estarei perto … daquilo que nunca vi e quero descobrir …

Sorrio, sacudo poeiras e sigo em frente pelo caminho que teimo em desbravar onde sou somente eu … agora acompanhada por uma luz que teima em brilhar insistentemente e que insistentemente se faz sentir …

Sonhar assim vale sempre a pena … é essa capacidade de sonhar que me dá asas para voar, energia para viver e sorrisos para encantar …

Num instante do tempo, vou percorrer devagarinho, saboreando em travos longos e doces o que de mágico e feliz encontro em cada batimento, em cada sentir...

Serei mais que nunca a eterna criança que não quero que morra e que habitará em mim sempre que ela me chamar!! Porque ela existe … vive e sonha tanto como eu!!"

6 Fevereiro 2012 | Renata Pereira Correia

"One moment in time"

"Cada dia que vivo
Eu quero que seja um dia para dar o melhor de mim.
Eu sou única mas não [estou] sozinha,
Meu melhor dia ainda não é conhecido.

Um instante no tempo,
Quando eu for mais do que pensei que poderia ser,
Quando todos os meus sonhos estiverem a uma batida de coração de distância
E as respostas couberem todas a mim...
Conceda-me um instante no tempo,
Quando eu estiver correndo com o destino,
Então, naquele instante do tempo,
Eu sentirei, eu sentirei a eternidade...

Eu tenho vivido para ser a melhor,
Eu quero tudo, não há tempo para menos.
Eu tracei os planos,
Agora tenho a chance aqui nas minhas mãos.
Conceda-me"

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hoje...















Hoje não desenho mais castelos na areia
Construo sonhos apenas em alicerces coesos
Rejubilo a cada conquista
E os horizontes agora não mais terão limites

Sorrio a cada ventania que passa
Olho profundamente a cada olhar trocado
Abraço sem medo de partilhar
Vivo sem receio de dizer que vivi

Hoje sou o muito que sonhei um dia
E sou porque a vontade de sonhar me deixou partir e ficar
Deixou-me ser aquilo que sempre desejei
E sei que o fui porque o quis interminavelmente

Hoje sou, fui e sonhei
Por isso me encontrei …

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amor...

Se o amor que tenho,
Se transformasse em algo,
Seria andorinha que voa,
Seria mar denso e profundo,
Esta paixão que me toma,
Que me reflecte na imensidão,
Que faz das pedras da calçada,
Patamares crescentes em construção.
Consigo embeber incessantemente,
O que me consome,
Quebrar desejos sem fim,
Passar por mil suplícios.
E correr em direcção ao vento.
A minha alma flutua,
No sabor doce da criança feliz que aqui habita,
Brinco e salto no imaginário que produzo,
Extremidade do ser,
Escondida na quimera do sonho,
Utopia que vivo sem pensar,
Índole que acolho sem discorrer,
Carácter este complexo,
Tão deliciadamente aprazível para que o conhece,
Na integra será sempre recôndito e secreto,
Num amor que possuo e que eternizo"

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Inesperadamente ...

















Inesperadamente encontrei … uma melodia … e sem saber julgar mais, quis conhecer …
percorri e sem perceber deixei-me levar… corri sem conhecer… cavalguei sem ver … parti e agora bailo desmesuradamente, porque sinto a melodia tocada…
Já me sinto em campos verdejantes, já é um rio, um mar de palavras que nos levam...
Já em todo, sem ser nada … é um ficar sem nunca ter chegado… e a sorrir estamos sem sentir que há razão… ou razão de sentir…
respiro, degusto esta alma cravada de poesia … e entrego o meu abraço ...
entrevejo num rasgo fugaz, o olhar que se desalinha, numa alma, que encanta quando se revela, olhando, escrevendo e sentindo...
muito mais mostrará olhando … porque em cada olhar há enriquecimento ….
há sentir … há momento… e sem saber, sem razão alguma já é agora inspiração que voa sem rumo!
E senão voarmos do que nos vale olhar?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Pedaços de mim ...


Se...

Se no tocar suave das tuas mãos sentir a loucura iminente
Digo-te eu que quero ser louca sem limite
Para sentir essa loucura antes que o tempo ouse pronunciar
Que já não há tempo …

Pressinto que guardo o sabor
Que ainda tremo quando olho
Que ainda desejo quando resisto
Estás à distância de um abraço
E vou sentir esse abraço como ar compassado

Num passo da vida esgotemos as forças
Como se o amanhã fosse um desatino
As manhãs não tivessem fim
E as noites fossem a eternidade
Assim seremos um todo imenso
E nesse todo caberá a imensidão dos desejos que realizamos…

Metade...

" Porque metade de mim é o que eu grito, mas metade é silêncio ... porque metade de mim é partida a outra metade é saudade ... porque metade de mim é o que penso..a outra metade é um vulcão ... porque metade de mim é a lembrança do que fui... a outra metade não sei ... porque metade de mim é AMOR e a outra metade também...!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Quero perder-me...

Ruben Lísias Santos... hoje fez-me lembrar esta música com letra de minha autoria. É um prazer escrever e ver os nossos poemas musicados assim!!:)

Nos pés...

“Nos pés secam gotas de mar, nas sombras o abrigo do meu silêncio, restando mil e umas noites de sonhos por cumprir, um chão que parece fugir dos pés, um céu que acompanha os limites dos meus desejos.

Um corpo revestido de brilho, uma saudade que abraça o corpo. Na estrada que percorro, vejo o reflexo do meu andar, aguardo serenamente o leve aceno de mais um momento do destino
e parto feliz nos sonhos que não param de existir ....porque vivo.”

Fotografia/ Edição e poema por Renata Pereira Correia

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Morre em meus lábios...
















No corpo resistem ainda,
Marcas subtis, mas perfurantes,
Enrolados num só sentir,
Ficamos
E pelo leve toque nos deixamos levar
Novamente...


Revoltam-se imensidões de prazer,
Sucumbem perfeitos delírios,
Em céus de encantamento contemplamos,
Este mar de turbulências
Que morre em meus lábios
Alimentados pelo teu doce sabor...

(Fotografia por Bruno Cunha)

Somente Pablo Neruda

Quem souber partir ... ficando
Saberá SER FELIZ mesmo assim
Porque aí reside a vontade de sonhar...


No teu olhar...


No teu olhar perdi horas
No teu sentir ganhei emoções
O tempo apagou a paixão
Mas não as recordações
No teu olhar encontrei o que podia ser
Nos teus braços fui o que sempre sonhei
Não quero esquecer sou eu a crescer
Num mar de silêncios soltei-me e amei
No teu olhar encontrei um sorriso
No teu abraço um embalo de afectos
No teu olhar já não vejo o que via outrora
Mas pela vida fora sentirei como agora
Uma alma que guarda vivências,
um tempo que esconde a certeza
Do teu olhar nada mais sinto
Apenas as convicções do que resta nesta hora
Onde a poesia reflecte o que agora sou
Por um dia ter amado em beleza
E não ter existido um depois só um agora…
( Poema escrito para uma música)

(Fotografia por Bruno Cunha)

Um dia...


Um dia escutei-te baixinho soavas um poema que desconhecia…
emaranhavas os teus segredos e deixavas-te descortinar pedaço a pedaço
discretamente entravas devagar e sem pressa de chegar
e fazias-me sorrir de cada vez que olhava para ti …
sem mais desejar esperava por ti … e sonhava até onde me deixavas ficar…
nunca te cheguei a perder … talvez sucumbi algumas vezes pelo cansaço que se apoderava de não te encontrar, mas no fundo sempre estiveste ali … à distância daquilo que sonhei para mim… …. és a esperança que tanto procurei e que afinal estava apenas escondida num qualquer recanto de mim … enfim encontrei-te… e hoje sei sorrir com alma de quem te descobriu a sonhar…


(Fotografia por Renata Pereira Correia)

Hoje...


Hoje não desenho mais castelos na areia
Construo sonhos apenas em alicerces coesos
Rejubilo a cada conquista
E os horizontes agora não mais terão limites
Sorrio a cada ventania que passa
Olho profundamente a cada olhar trocado
Abraço sem medo de partilhar
Vivo sem receio de dizer que vivi
Hoje sou o muito que sonhei um dia
E sou porque a vontade de sonhar
Me deixou partir e ficar
Deixou-me ser aquilo que sempre desejei
E sei que o fui porque o quis
Hoje sou, fui e sonhei
Por isso me encontrei …


(Fotografia por Renata Pereira Correia)

Só tu que me abraças...


… Só tu que me abraças com fervor
consegues sentir a minha alma,
invado o teu ser sem medo do que vou encontrar,
sem preocupação por estigmas ou valores…
Dou e sinto como quero e nesse sentir palmeio caminhos,
descubro porta a porta uma emoção, um sentido e deixo que flutuem nos meandros da minha existência,
porque nela reservo o melhor de mim.
Do meu olhar soltam-se verbos singelos e vou esculpindo cada pedaço de ti, de mim, de nós, de tudo o que sentimos quando nos deixamos enlaçar pelo sabor doce de um aperto meu contra o teu…
O momento torna-se eterno mesmo quando soltas os braços, consigo sentir ainda a brisa da distância que deixas quando finalizas um abraço … foi sentido por isso durou!!
Nós queremos sempre que seja assim, senão nada mais terá sentido, ao seguires o teu caminho vou velar cada passo teu, porque sonhando mais alto faremos parar o tempo de cada vez que os nossos braços se entrelacem e que o nosso sentir se cruze, saberás abraçar de cada vez que sorrires para mim com a mesma intensidade!!
E este será sempre o abraço eterno entre EU e TU!! … não valerá a pena tenta não sei abraçar de outra forma … sem levar o mundo de emoções atrás de mim … este é o meu abraço e estas as minhas mãos que te envolvem ...!!


(Fotografia por Renata Pereira Correia)